Módulo 3 - MOOC

Módulo 3 - Desenho Universal da Aprendizagem

Semanas 6 e 7 – de 5 maio a 18 maio 2014

 

A finalidade deste terceiro módulo é abordar quadros de referência para o planeamento da aprendizagem, em particular os princípios e estratégias do desenho universal da aprendizagem.

Relativamente a cada um dos principios do desenho universal de aprendizagem gostaria de traçar a minha reflexão acerca de cada um deles. Assim:
 

Princípio 1. Proporcionar Modos Múltiplos de Apresentação (o «quê» da aprendizagem)

Os alunos diferem nos modos como percecionam e compreendem a informação como lhes é apresentada. 

Princípio 2. Proporcionar Modos Múltiplos de Ação e Expressão (o «como» da aprendizagem)

Os alunos diferem nos modos como procuram o conhecimento e como expressam o que sabem.
 

Princípio 3. Proporcionar Modos Múltiplos de Autoenvolvimento (o «porquê» da aprendizagem)

A afetividade representa um elemento crucial na aprendizagem e os alunos diferem nos modos como se envolvem e motivam para aprenderem. Há uma diversidade de razões que influenciam um indivíduo na aprendizagem, e que incluem aspetos neurológicos, culturais, de personalidade, de subjetividade, background de conhecimentos, assim como outros fatores. 
 
Na minha perspetiva memória e aprendizagem são dois conceitos relacionados, dado que para recordar é preciso primeiro aprender. Neste contexto, a aprendizagem pode ser entendida como sendo uma mudança relativamente estável e duradoura do comportamento e do conhecimento, permitindo, áquele que aprende, uma melhor adaptação ao meio em que está inserido. A aprendizagem está dependente dos diferentes sistemas da memória. Só a memória possibilita ao indivíduo reter o que aprende como forma de responder, de forma adequada, às diferentes situações. A aprendizagem pode ser definida como um conjunto de alterações que acontecem na memória a longo prazo, se nada for alterado, nada é aprendido (Sweller, 2001, p.20)
 
Ao serem criados estes ambientes de aprendizagem, e ao serem estruturadas e concebidas apresentações ou actividades, que ajudam na construção de representações mentais por parte dos utilizadores (e refiro-me aqui a ambientes de aprendizagem com recurso às TIC), é fundamental ter em consideração os princípios do design que sugerem formas ou modelos de criação de apresentações multimédia cuja intenção é a promoção de aprendizagens. Mayer (2001) propõe sete princípios que devem estar na base de qualquer documento multimédia:

 

Princípio multimédia, os alunos aprendem melhor quando se combinam palavras e imagens, e não só apenas imagens;

Princípio da proximidade espacial, assenta na máxima de que as palavras e as imagens devem estar próximas e não afastadas;

Princípio da proximidade temporal, quando as palavras e as imagens são apresentadas simultaneamente em vez de sucessivamente;

Princípio de coerência, quando as palavras, imagens ou sons não são indispensáveis para o assunto, sendo por isso eliminados;

Princípio da modalidade, quando se usa animação e narração em vez de animação e texto escrito;

Princípio da redundância, quando é utilizada animação e narração em vez de animação, narração e texto;

Princípio das diferenças individuais, tem a ver com a orientação espacial e com os conhecimentos dos sujeitos, sendo que os que beneficiam mais de um documento multimédia são os que têm pouco conhecimentos e aqueles que tê uma grande orientação espacial.

 
Estou de acordo quando se diz que podemos considerar que o Desenho Universal da Aprendizagem proporciona uma flexibilidade nos modos como a informação é apresentada, como os alunos respondem ou demonstram os conhecimentos e competências e na forma como se motivam; e, reduz as barreiras no ensino, proporciona as adaptações adequadas, suporta e mantém elevados níveis de desempenho para todos os alunos, incluindo os que têm incapacidade ou fortes limitações na língua dominante, de acolhimento. Contudo, é muito importante que na conceção de recursos educativos é que os que os produem nao se limitem simplesmente a produzir, mas que tenham em consideração os príncipios que estão por detrás dos processos de aprendizagem com recurso às TIC.
 

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